A Eletroterapia é uma prática terapêutica que está cada vez mais presente no trabalho dos profissionais da área da saúde. Esta técnica utiliza aparelhos , que através da regulagem adequada, são capazes realizar procedimentos com fins estéticos e terapêuticos com eficiência.
Como funciona a Eletroterapia
Os tratamentos de eletroterapia são realizados por meio de impulsos elétricos emitidos através de aparelhos específicos. Para fazer os procedimentos, o profissional coloca eletrodos na superfície da pele de seus pacientes, por onde passam correntes de baixa intensidade, que não trazem riscos à saúde, e na maioria das vezes auxiliam produzindo efeitos positivos.
Diversos tipos de correntes podem ser utilizadas na eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contraindicações. Mas todas elas tem um objetivo em comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que a área desenvolve ao ser submetida a este tipo de terapia.
Normalmente as sessões de eletroterapia duram entre 20 a 40 minutos, variando de acordo com a intensidade do estímulo e o tipo de tratamento empregado. Esta prática normalmente é realizada por fisioterapeutas e esteticistas. O principal objetivo da técnica é promover reações bioquímicas e fisiológicas através do uso das correntes elétricas.
A Eletroterapia e suas aplicações
A Eletroterapia é uma poderosa aliada dos profissionais da área da saúde no tratamento de várias patologias e disfunções, podendo ser uma ótima escolha no tratamento de diversos tipos de dor. Esta prática leva em consideração o conhecimento do profissional que realiza o tratamento, para tomada de decisão e aplicação da corrente elétrica.
São muitos os benefícios que a Eletroterapia pode trazer para a saúde. Na fisioterapia por exemplo, as correntes tem efeitos capazes de: controlar a dor, tonificar os músculos, relaxar os músculos e reduzir edemas. Já na estética, ela pode trazer efeitos como: combate da flacidez, modelagem corporal e redução da retenção de líquidos.
Os tipos de corrente e as formas de onda
Na Eletroterapia são aplicados impulsos elétricos de baixa intensidade. Nos procedimentos feitos sobre a pele, o organismo que realiza o papel de condutor. As correntes que são utilizadas podem ter efeitos eletro-químicos, motores ou sensitivos. Isso varia de acordo com a frequência e as formas de onda do equipamento médico.
Para entender os efeitos terapeuticos da eletroterapia, é fundamental saber aspectos básicos da classificação da corrente elétrica e as as formas de onda. Veja a classificação da corrente elétrica e aprenda quais técnicas que estão no mercado as utilizam:
Classificação das frequências
- Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz mais utilizada na prática clínica a faixa de 1 a 200 Hz. Aplicada nas técnicas: TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea) e FES (Estimulação Elétrica Funcional)
- Média Frequência: 1.000 a 10.000 Hz, sendo utilizada na Eletroterapia de 2.000 a 4.000 Hz. Normalmente usada em Corrente Russa.
- Alta Frequência: 10.000 Hz a 100.000 Hz. Utilizada em Ondas Curtas e na técnica de Ultra-som Terapêutico.
Classificação das Formas de Onda
- Retilínea: Direta ou contínua, polarizada. Exemplo: Corrente Galvânica. Principais Efeitos: aplicação dos medicamentos por ter polaridade definida; hiperemia e vasodilatação.
- Quadrática: Alternada, despolarizada. Exemplos: Tens, Ultra-excitante, Corrente Russa, SMS. Principais Efeitos: analgesia, contração, estimulação muscular de força.
- Exponencial: polar e apolar Exemplo: Corrente Farádica Principais Efeitos: contração muscular
- Senoidal: alternada, bifásica, simétrica, apolar. Exemplo: Corrente Interferencial
- Semi-senóide: monofásica, polar ou apolar. Exemplo: Diadinâmicas de Bernard: DF, MF, CP, LP, RS.
- – Triangular: apolar ou polar (dependendo do aparelho), monofásica, alternada. Exemplo: Corrente Farádica.
- Quadrática com Triangular: apolar, alternada, bifásica, assimétrica. Exemplo: só existe no TENS.
- Ondas simétricas: quando a geometria dos semiciclos é invertida em relação ao 0V.
- Ondas assimétricas: quando a geometria dos semiciclos é diferente.
- Monofásica: quando a onda existe somente em um dos semiciclos, sendo bloqueada no outro semiciclo. Neste caso a onda é necessariamente assimétrica.
- Bifásica: quando a onda existe nos dois semiciclos. Pode ser simétrica ou assimétrica.
O Uso de Eletrodos na Eletroterapia
Os Eletrodos são acessórios que transmitem a corrente elétrica através da pele do cliente durante as sessões. Eles são fixados à pele do paciente em duplas, para que os impulsos emitidos pelo aparelho, passem de um eletrodo para o outro.
Quando a corrente atinge um eletrodo, a energia é então transmitida pelo tecido e irá se propagar através dele até atingir o outro eletrodo-par. Desta maneira, a energia fica correndo pelos tecidos de um para o outro. Mediante ao tratamento realizado e a necessidade do terapeuta, os tipos de eletrodos mais utilizados são:
Eletrodo de Borracha (Silicone Carbonado)
Este tipo de eletrodo necessita da utilização de um gel para facilitar a passagem da corrente elétrica. A borracha dos eletrodos é feita com carbono que aumenta a condutividade. Muito diferente da borracha que é utilizada nos chinelos de borracha.
Eletrodo Adesivo ou de Silicone
Este tipo de eletrodo dispensa o uso de gel condutor. Basta que o terapeuta cole em seu paciente. Porém, ele possui um tempo de vida útil que varia de 10 a 15 utilizações, tendo que ser descartado logo após. Podem ser molhados para aumentar a condutividade.
Eletrodo Esponja
Este acessório é usado na maioria das vezes para a utilização de corrente polar (Galvânica). Ele normalmente é umedecido e aplicado, com isso a condutividade é aumentada.
Conclusão
A Eletroterapia é uma prática eficiente que pode atender profissionais de diversas áreas de atuação. Dentro deste segmento, o eletroestimulador é um excelente equipamento para tratar a dor de uma forma que não é agressiva com seu corpo.
No entanto, necessita de uma correta utilização. Recomenda-se fazer o tratamento junto a um especialista para que ele o avalie e conduza as sessões. Você já fez algum tratamento com o uso de Eletroterapia? Deixe seu comentário e compartilhe sua experiência conosco.
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